O cuidado com a água começa em casa
A água é um dos temas mais desafiadores para quem vive no campo, e foi este o assunto central da primeira palestra da Semana Tecnológica do Agronegócio. Formas de usá-la sustentavelmente e apresentação de novos produtos no mercado que viabilizam o tratamento sanitário nas residências rurais foram os principais assuntos abordados na palestra “O cuidado com a água começa em sua casa”.
No Brasil, mais de 90% dos esgotos domésticos e cerca de 70% dos esgotos industriais não tratados são jogados em rios. No Espírito Santo, com a falta de água no campo, soluções e tecnologias são uma necessidade real dos produtores rurais.
Uma novidade do mercado apresentada na palestra, por exemplo, foi o biodigestor lançado pela Fortlev, que além de substituir os fossos artesanais que concentram resíduos domésticos durante todo o ano, não transfere a poluição para o lençol freático.
“Esse biodigestor é uma estação de tratamento de efluente doméstico. Esse equipamento trata os resíduos e reduz a quantidade de matéria orgânica que seria lançada em rios. Além disso, nos tradicionais fossos há a necessidade de contratar um caminhão limpa fossa, que geraria gastos, enquanto no biodigestor o próprio morador pode fazer essa limpeza. Além disso, parte da água do equipamento pode ser reutilizada em plantações como café”, explicou a engenheira.
Entre os presentes na palestra estavam os produtores de café e inhame de Itarana Lindomar Garbrecht, 32 anos e sua esposa Evelina Haase Garbrecht, 28, que estão preocupados com a seca dos últimos três anos e buscam alternativas eficientes para contornar a falta de água.

Lindomar e sua esposa Evelina na STA em busca de alternativas eficientes para contornar a falta de água.
“Certamente hoje no campo a maior preocupação é a água. Se chove, fica tudo bem, mas nos últimos três anos a seca vem pegando a gente e eu e minha esposa viemos aqui nessa palestra para saber um pouco mais sobres essas tecnologias do mercado e ficar por dentro do que podemos fazer para manter uma boa quantidade de água em nosso terreno”, afirmou Lindomar.