Manhã dedicada à cultura do tomate no segundo dia da STA
A busca por plantas mais resistentes e com maior produtividade é um desafio na tomaticultura. E compreendendo essa dinâmica, a 6ª Semana Tecnológica do Agronegócio (STA) trouxe dois especialistas na área para a programação dessa quinta-feira (17), no auditório do evento, no Parque de Exposições de Santa Teresa. Com o tema “Melhoramento Genético do Tomate: Menos Trabalho e Mais Produtividade?”, o engenheiro agrônomo Paulo Pizarro Silva, mestre em genética e melhoramento de plantas, mostrou como o melhoramento genético pode influenciar a produtividade e garantir frutos mais tolerantes a danos como as rachaduras, que comprometem o valor comercial do fruto. “Hoje, a gente quer e precisa de qualidade. O melhoramento genético traz valor agregado muito maior ao tomate e influencia na sua produtividade. É preciso promover o cruzamento entre variedades com genes mais resistentes para alcançar isso”, destacou Silva. O agrônomo Sérgio Paiva, 68, de Itapemirim, participou da palestra. Ele afirma que os resultados genéticos são necessários. “Quanto mais informação para o produtor, mais técnica e mais produtividade na lavoura”, diz. Logo em seguida, o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Adilson de Castro Antônio, falou sobre o ganho de produtividade com a poda do tomateiro. Ele é autor de um estudo, que resultou no “Sistema Viçosa”. Trata-se de um sistema com espaçamento de 2m x 0,2m entre os tomateiros, que aumentou o número de plantas por hectare e controla o número de frutos por cacho. “Trabalhando a planta rotineiramente, é possível fazer de duas a três podas. Várias podas em conjunto feitas pelo produtor vão resultar na produtividade”, defende o professor.
